domingo, 31 de agosto de 2014

Influencias Artísticas


Os anos 60 foram as épocas de grandes influencias artísticas, como:

                         
                                                                        Andy Warhol                             
                            Aretha Franklin                             
                                  Audrey Hepburn                                  
Baden Powell
                                                Beach Boys                                                
Bee Gees
Bob Dylan
Brigitte Bardot
Caetano Veloso
Celly Campello
Cher
Chico Buarque

Diana Ross & The Supremes
Dorival Caymmi
Elis Regina
Elvis Presley

Erasmo Carlos
Frank Sinatra
Gal Costa

Geraldo Vandré
Janis Joplin
Jefferson Airplane
Jim Morrison
Jimi Hendrix
Jimmy Page
Joe Cocker

Johnny Rivers
Joseph Beuys
Julie Andrews
Led Zeppelin
Leno e Lilian
Mary Weiss
Maria Bethânia
Marilyn Monroe

Maysa Matarazzo
Milton Nascimento
Nam June Paik
Os Mutantes
Pink Floyd

Ray Charles
Rita Pavone
Roberto Carlos
Rod Stewart
Ronnie Von
Sonny & Cher
The Beatles

The Doors
The Shangri-Las
Tina Turner
The Mamas & The Papas
The Monkees
The Rolling Stones

Tom Jobim
Vinicius de Moraes
Yoko Ono
Wanderléa
Wilson Simonal
Wolf Vostell

Nas telas do cinema




2001 Odisseia Espaço
2001, uma Odisseia no Espaço (1968)

Filme americano que retrata temas como a vida extraterrestre e a evolução humana. O filme fala sobre um monolito negro que emite sinais que causam interferência na Terra. Já no século XXI, é enviada uma nave ao planeta Júpiter para investigar esse objeto. Essa nave é controlada pelo computador HAL 9000 e durante a viagem, o computador passa a controlar a nave e tentará eliminar todos os tripulantes.
Amor, Sublime Amor (1961)

Um musical que retrata o conflito entre as gangues da cidade de Nova Iorque. A briga dessa vez fica entre a gangue dos Jets, formada por americanos, e a gangue dos Sharks, formadas por porto-riquenhos. No meio de tantos conflitos, Tony (Richard Beymer) e Maria (Natalie Wood) se apaixonam; porém, ela é irmã de um Shark e ele já participou dos Jets.

Bonnie e Clyde (1967)

Filme americano que inovou na linguagem cinematográfica, pois tinha mudanças rápidas na narrativa e era montado de forma acelerada. Conta a história de um casal, Bonnie Parker (Faye Dunaway) e Clyde Barrow (Warren Beatty), dois assaltantes e assassinos. Eles agiam em vários lugares dos EUA durante o período da grande depressão.

O Bebê de Rosemary (1968)

Filme de terror, roteiro de Roman Polanski e um dos clássicos dessa década. Após um casal se mudar para um prédio misterioso, Rosemary Woodhouse (Mia Farrow) engravida. Seus vizinhos fazem parte de uma seita de bruxas e seu marido se envolve com isso também. A partir daí eles querem que ela tenha o filho do demônio.

A Noite dos Mortos Vivos (1968)

O filme conta a relação entre um satélite extraterrestre e o retorno de pessoas que acabaram de morrer. Algumas pessoas buscam refúgio em uma casa para tentar escapar do perigo enquanto aguardam ajuda em uma área rural. Os protagonistas são Ben (Duane Jones) eBarbara (Judith O'Dea), que também ficam presos na residência.

Romeu Julieta DVDRomeu e Julieta (1968)

Filme baseado na obra de William Shakespeare e filmado totalmente em cidades italianas. Conta a história de Romeu Montecchio (Leonard Whiting) que se apaixona por Julieta Capuleto (Olivia Hussey); porém, suas famílias são rivais. Um dos maiores clássicos românticos da história da literatura e do cinema. Foi indicado ao Oscar como melhor filme, mas ganhou nos itens fotografia e figurino. O filme ganhou novas adaptações para o cinema, incluindo uma com Leonardo di Caprio no papel de Romeu.
Ao Mestre com Carinho (1967)

Filme britânico que apresenta a realidade de uma escola em uma das regiões pobres da cidade de Londres. Um filme que retrata problemas raciais e sociais não só na escola, como em todo o país. O professor Mark Thackeray (Sidney Poitier) tenta uma vaga para trabalhar como engenheiro eletrônico, mas como está tendo dificuldades para consegui-lo, ele passa a trabalhar como professor.
Ao chegar na escola, descobre que aqueles são alunos que nenhuma escola quer aceitar. Após uma série de desrespeitos de seus alunos, ele estabelece novas metas e regras para ensiná-los. Entre idas e vindas, de alguma forma, ele muda o destino daqueles garotos. A música tema do filme, "To Sir, with Love", ficou entre as primeiras posições nas listas de melhores músicas.



Bonequinha de Luxo (1961) 

Holly Golightly (Audrey Hepburn) é uma garota de programa nova-iorquina que está decidida a casar-se com um milionário. Perdida entre a inocência, ambição e futilidade, ela toma seus cafés da manhã em frente à famosa joalheria Tiffany`s, na intenção de fugir dos problemas. Seus planos mudam quando conhece Paul Varjak (George Peppard), um jovem escritor bancado pela amante que se torna seu vizinho, com quem se envolve. Apesar do interesse em Paul, Holly reluta em se entregar a um amor que contraria seus objetivos de tornar-se rica. 


A Noviça Rebelde (1965)

No final da década de 30, na Áustria, quando o pesadelo nazista estava prestes a se instaurar no país, uma noviça (Julie Andrews) que vive em um convento mas não consegue seguir as rígidas normas de conduta das religiosas, vai trabalhar como governanta na casa do capitão Von Trapp (Christopher Plummer), que tem sete filhos, viúvo e os educa como se fizessem parte de um regimento. Sua chegada modifica drasticamente o padrão da família, trazendo alegria novamente ao lar da família Von Trapp e conquistando o carinho e o respeito das crianças. Mas ela termina se apaixonando pelo capitão, que está comprometido com uma rica baronesa.

Funny Girl - A Garota Genial (1968)

Fanny Brice (Barbra Streisand) é uma jovem judia do Lower East Side tratada como patinho feio pelos demais. Sonhando com os estrelato, ela rouba a cena num show local e é contratada pelo famoso produtor Florenz Ziegfeld (Walter Pigeon). Já reconhecida por seu talento para os palcos, Fanny se apaixona pelo jogador compulsivo Nicky Arnstein (Omar Sharif). Logo se casam, mas enquanto a carreira da atriz e cantora prospera, o relacionamento dos dois se deteriora.


O Pagador de Promessas (1962)

Zé do Burro (Leonardo Villar) e sua mulher Rosa (Glória Menezes) vivem em uma pequena propriedade a 42 quilômetros de Salvador. Um dia, o burro de estimação de Zé é atingido por um raio e ele acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa a Santa Bárbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira. Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se engraçar com o cafetão Bonitão (Geraldo Del Rey) e ao encontrar a resistência ferrenha do padre Olavo (Dionísio Azevedo) a negar-lhe a entrada em sua igreja, pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba.

Bossa Nova

   
      Bossa Nova é um movimento da música popular brasileira do final dos anos 50 e começo dos anos 60 lançado por João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e jovens cantores e compositores de classe média da zona sul carioca, derivado do samba e com forte influência do jazz. De início, o termo era apenas relativo a um novo modo de cantar e tocar samba naquela época, ou seja, a uma reformulação estética dentro do moderno samba carioca urbano. Com o passar dos anos, a Bossa Nova tornou-se um dos movimentos mais influentes da história da música popular brasileira, conhecido em todo o mundo, um grande exemplo disso é a música Garota de Ipanema composta em 1962 por Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim.
     Movimento que ficou associado ao crescimento urbano brasileiro - impulsionado pela fase desenvolvimentista da presidência de Juscelino Kubitschek (1955-1960) -, a bossa nova iniciou-se para muitos críticos quando foi lançado, em Agosto de 1958, um compacto simples do violonista baiano João Gilberto (considerado o papa do movimento), contendo as canções Chega de Saudade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e Bim Bom (do próprio cantor).Dia 25 de janeiro é o dia nacional da Bossa Nova. 


Um dos maiores expoentes da bossa nova comporia um dos marcos do fim do movimento. Em 1965, Vinícius de Moraes compôs, com Edu Lobo, Arrastão. A canção seria defendida por Elis Regina no I Festival de Música Popular Brasileira, realizado no Guarujá naquele mesmo ano. Era o fim da bossa nova e o início do que se rotularia MPB, gênero difuso que abarcaria diversas tendências da música brasileira até o início da década de 1980 - época em que surgiu um pop rock nacional renovado.

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A MPB nascia com artistas novatos, da segunda geração da bossa nova, como Geraldo Vandré, Edu Lobo e Chico Buarque de Holanda, que apareciam com frequência em festivais de música popular. Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de bossa nova. Vencedoras do II Festival de Música Popular Brasileira, realizado em São Paulo em 1966, Disparada, de Geraldo, e A Banda, de Chico, podem ser consideradas marcos desta ruptura e mutação da bossa em MPB.



Festival de Woodstock


      Woodstock Music & Art Fair (conhecido informalmente como Woodstock ou Festival de Woodstock) foi um festival de música realizado entre os dias 15 e 18 de agosto de 1969 na fazenda de 600 acres de Max Yasgur na cidade de Bethel, no estado de Nova York, Estados Unidos. Anunciado como "Uma Exposição Aquariana: 3 Dias de Paz & Música", o festival deveria ocorrer originalmente na pequena cidade de Wallkill, mas os moradores locais não aceitaram, o que levou o evento para a pequena Bethel, a uma hora e meia de distância.



      O festival exemplificou a era hippie e a contracultura do final dos anos 1960 e começo de 70. Trinta e dois dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se durante um fim de semana por vezes chuvoso, para 400 mil espectadores. Apesar de tentativas posteriores de emular o festival, o evento original provou ser único e lendário, reconhecido como um dos maiores momentos na história da música popular.







Nas passarelas dos Anos Dourados




Roupas dos anos 60: A moda dos anos 60 marcaram uma geração e agradam até hoje. Como base do estilo eram usadas cores bem alegres, estampas floridas com a intenção também de fazer a mulher ficar bem modelada e mais feminina. Diversos são os modelitos clássicos e adorados dos anos 60, vejamos agora 10 marcos dessa época que até hoje estão em alta e trazem sucesso e estilo para o seu guarda-roupas.


1 – Minissaia
Vítima de preconceito, as saias curtas causaram muito escândalo nos anos 60. As mulheres dessa época revolucionaram a moda decidindo ser mais femininas, dando fim à ditadura das roupas largas que escondiam todo o corpo.
2 – Bota cano longo
Como a saia subiu, a bota também. O público manteve até hoje essa moda e você também deve ter uma bota de cano longo no seu armário.
3 – Sapato boneca
Os sapatos arredondados, de salto quadrado e estilo boneca também são herança dos anos 60. As celebridades adoram, como você pode ver abaixo na foto da cantora Lana del Rey.


4 – Vestido tubinho
Quem nunca se inspirou no tubinho longo preto da Audrey Hepburn no filme “bonequinha de luxo”? Clássicos dos anos 60, tanto o filme quanto o vestido.

5 – Biquini
O biquini é uma invenção do final dos anos 40, mas foi nos anos 60 que ele se tornou popular, ganhando as telas do cinema e as praias de todo o país. Quem não conhece a música “biquini de bolinha amarelinha”? 

6 – Jaqueta de couro
As jaquetas de couro são tendência desde os anos 60,  inicialmente usada pelos motoqueiros. A peça marcou pela rebeldia, a liberdade de expressão e o estilo rock and roll.


7 – Calça Jeans
Em meados dos anos 50, James Dean inovou com seu estilo rebelde e ajudou a popularizar a peça, que se tornou popular no brasil nos anos 60. Junto com sua jaqueta de couro ele também usava a calça jeans, indispensáveis para homens e mulheres nos dias de hoje.


8 – Batas
Os anos 60 também foram marcadas pelos surgimento do estilo Hippie, e com eles surge o uso das blusas estilo batas, super usadas até hoje em diversas variações.


9 – Tailleur estilo Chanel
A prática da equitação inventou o tailleur, mas foi Chanel quem o tornou famoso. Ela buscou fazer uma roupa prática a ser usada por uma mulher independente.


10 – Couro envernizado
Esse marco de textura dos anos 60 ficou até hoje. Em versão mais moderna, ele aparece discretamente no bico envernizado de um sapato ou mais ousado numa bolsa inteira desse material.
1 sapato

Tragetória de uma estrela


Depois de passar boa parte de sua infância morando em lares adotivos, Monroe começou uma carreira como modelo, o que a rendeu um contrato no cinema em 1946, com a 20th Century-Fox. Suas aparições nos seus primeiros filmes eram pequenas, mas suas interpretações em The Asphalt Jungle, All About Eve e sendo a primeira mulher a posar para a Playboy, chamou a atenção do público. Sua personalidade cômica como "loira burra" foi usada para filmes posteriores como Gentlemen Prefer Blondes (1953), How to Marry a Millionaire (1953) e The Seven Year Itch (1955). Monroe estudou na Actors Studio para ampliar seu alcance na atuação para seu próximo filme dramático, Bus Stop (1956), que foi aclamado pela crítica e recebeu uma indicação ao Globo de Ouro. Sua produtora, "Marilyn Monroe Productions", lançou The Prince and the Showgirl (1957), pelo qual recebeu uma indicação ao BAFTA e ganhou o prêmio italiano David di Donatello. Ela recebeu um Globo de Ouro por sua interpretação em Some Like It Hot (1958). O último filme concluído de Monroe foi The Misfits (1961), onde ela estrelava ao lado de Clark Gable, enquanto que o roteiro ficou por conta de seu então marido, Arthur Miller.


                                   


Em 5 de agosto de 1962, às 4:25 am, o sargento Jack Clemmons recebeu um telefonema do Dr. Ralph Greenson, psiquiatra de Marilyn Monroe, dizendo que Monroe foi encontrada morta em sua casa em Brentwood, Los Angeles, Califórnia.235 Ela faleceu aos 36 anos de idade e  Dr. Thomas Noguchi disse que a causa da sua morte foi "envenenamento barbitúrico agudo", resultante de um "provável suicídio". Muitas teorias, incluindo assassinato, circularam sobre as circunstâncias de sua morte depois que o corpo foi encontrado.Algumas teorias de conspiração envolveram ciúmes de John Kennedy por uma traição de Monroe com Robert Kennedy, enquanto outras teorias sugerem seu envolvimento com a máfia. Foi relatado que o presidente Kennedy foi a última pessoa a falar com Monroe.

Allan "Whitey" Snyder fez a maquiagem, que era supostamente uma promessa feita em anos anteriores, se ela morresse antes dele. Ela estava usando seu vestido verde favorito de Emilio Pucci. Em suas mãos, estava um pequeno buquê de rosas. Joe DiMaggio colocava várias rosas sobre sua cripta todos os dias, até ele morrer (em 1999). As netas de DiMaggio encontraram uma carta de Monroe do dia 4 de Agosto de 1962 (um dia antes de sua morte), dizendo "Eu te amo, Joe". Mas ela sempre ficará lembrada em seus varios filmes






Golpe derruba o Presidente João Goulart e instaura a ditadura militar no Brasil




Um movimento político-militar derrubou o presidente João Goulart em 31 de março de 1964, iniciando uma ditadura militar que se estenderia até 1985. 

Desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961, o Brasil vivia um clima de tensão. O vice, João Goulart, ou Jango, assumiu a presidência. Com João Goulart no poder, estudantes, organizações populares e trabalhadores ganharam espaço no cenário político brasileiro, preocupando as classes conservadoras, como empresários, banqueiros, a Igreja Católica, militares e a classe média. Na época, acontecia a Guerra Fria, e diante disso os EUA e os conservadores temiam que o Brasil se alinhasse com a URSS e passasse a seguir tendências comunistas. 

Os partidos de oposição a Jango, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), o acusavam de estar planejando um golpe esquerdista e de ser o responsável pelos problemas que o Brasil enfrentava na época. 

No dia 13 de março de 1964, João Goulart realizou um grande comício na Central do Brasil (Rio de Janeiro), onde defendeu as Reformas de Base e prometeu mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país. Menos de uma semana após o comício, os conservadores organizaram um protesto que reuniu milhares de pessoas pelas ruas de São Paulo, contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. A crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. 

Em 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saíram às ruas. Evitando uma guerra civil, Jango deixou o país, refugiando-se no Uruguai. Os militares finalmente tomaram o poder. 

Logo após o golpe, foi estabelecido o AI-1, que dava ao governo militar o poder de alterar a constituição, cassar mandatos legislativos, suspender direitos políticos por dez anos e demitir ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que fosse contra a segurança do país, o regime democrático e a probidade da administração pública. O AI – 1 também determinava eleições indiretas para a presidência da República. 

A ditadura militar no Brasil durou até 1985. Foi marcada pelo cerceamento à liberdade de expressão, inclusive de imprensa, censura prévia, perseguição política, prisões arbitrárias e tortura.



Copa do Mundo 1962

AS ELIMINATÓRIAS


Quarenta e nove países disputaram as eliminatórias e outros cinco - Canadá, Egito, Indonésia, Romênia e Sudão - desistiram. Quatro países americanos e 10 europeus se classificaram, juntando-se ao Brasil, com vaga assegurada por ter sido o campeão mundial, e o Chile, por ser a sede, para formar os 16 que disputariam a competição. Colômbia e Bulgária faziam seu début em Mundiais.
O MASCOTE

Somente a partir de 1966 as Copas passaram a ter mascotes.
O CAMPEÃO

Seleção Brasileira Copa do Mundo 1962   (Foto: Getty Images)Seleção brasileira bicampeã do mundo tem como base a de 1958 (Foto: Getty Images)
O Brasil mudou muito pouco para chegar ao bicampeonato. A principal troca foi no comando técnico: saiu Vicente Feola, entrou Aymoré Moreira. O que ninguém imaginava é que Pelé sofresse séria contusão na segunda partida. Mas Garrincha foi Pelé e foi Garrincha. A Copa foi do Mané e do Brasil. E a Seleção, de novo com Didi, Nilton Santos, Djalma Santos, Vavá, Zagallo... Com Mauro e Zózimo na defesa e um Amarildo Possesso no lugar do Rei no ataque, voltou a encantar o planeta. A campanha foi de cinco vitórias e um empate, contra a Tchecoslováquia, que voltou a enfrentar na final e venceu por 3 a 1, gols de Amarildo, Zito e Vavá.
O ARTILHEIRO

Quando a Copa terminou, eram seis os artilheiros: Vavá e Garrincha, do Brasil, Leonel Sánchez, do Chile, Albert, da Hungria, Valentin Ivanov, da União Soviética, e Jerkovic, da Iugoslávia, todos com quatro gols. Mas, em 1993, 31 anos depois, uma revisão no filme do jogo desvendou confusão do árbitro do jogo Iugoslávia x Colômbia. Na súmula, o terceiro gol da goleada de 5 a 0 tinha sido dado a Galic, mas foi de Jerkovic. O iugoslavo passou a ter cinco gols e ficou isolado na artilharia.

Copa do Mundo 1962 - Garrincha (Foto: Agência estado)Sem Pelé, Garrincha chama holofotes e é o grande craque da Copa do Mundo de 1962 - Garrincha (Foto: Agência Estado)

O CRAQUE

Se Maradona carregou a Argentina nas costas em 1986, Garrincha fez isso muito antes, em 1962, com o Brasil. Sem Pelé, contundido, foi o camisa 7, aos plenos 28 anos, que tomou conta do Mundial. E o cardápio não foi só de dribles impossíveis de ser contidos: o Mané fez gols, cruzamentos perfeitos, cobrou faltas magistrais, escanteios perigosíssimos... Foi um craque completo, a ponto de arrancar a seguinte manchete do jornal chileno "El Mercurio": "Garrincha, de que planeta vienes?"
A DECEPÇÃO

Campeão mundial em 1958, o Brasil chegou favorito em 1962. Mas outra seleção despertava a curiosidade. A União Soviética tinha sido campeã europeia em 1960 e contava com uma equipe poderosa, a começar pelo goleiro Yashin. Na primeira fase, bateu seleções poderosas como Iugoslávia e Uruguai. Mas, nas quartas de final, caiu para os donos da casa, os chilenos. E o Aranha Negra, como era conhecido o arqueiro, sofreu dois gols "anormais". Os soviéticos até fizeram pressão para empatar, mas acabaram eliminados da Copa.
PARA A HISTÓRIA

Pela última vez a Fifa permitiu num Mundial um jogador poder defender outra seleção que não a do país onde nasceu e pela qual já atuara. Foi o caso do argentino Di Stéfano, do húngaro Puskas e do uruguaio Santamaria, que atuaram pela Espanha; dos brasileiros Mazola (Altafini no título de 1958) e dos argentinos Maschio e Sivori, todos atuando pela Itália.
A DECISÃO

Sem Pelé, e com Garrincha absolvido da expulsão contra o Chile, o Brasil entrou favorito no Estrádio Nacional de Santiago para a final contra a Tchecoslováquia. Foi surpreendido com o gol do craque Masopust  aos 15 minutos, mas não esperou muito para o empate: dois minutos depois, Amarildo, sem ângulo, marcou em falha do goleiro Schrojf. No segundo tempo, o Possesso, que substituiu Pelé, dessa vez foi garçom e serviu Zito para desempatar, aos 24. E Vavá, em nova falha do arqueiro, fez o terceiro, aos 33. Com muita febre, Garrincha nem se destacou tanto na final, mas nem precisou. O Brasil era, com toda justiça, bicampeão mundial.

Guerra Fria: Corrida Espacial




  Durante a Guerra Fria (1945 – 1991), os blocos se prepararam para uma possível guerra. Investiram pesado em tecnologia, com destaque para a indústria bélica. Essa passagem ficou conhecida como “Corrida Armamentista”. Os Estados Unidos, visando conter a expansão socialista, investiram bastante nos países da Europa Ocidental. Para se precaver de possíveis ameaças do inimigo, criaram a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que tinha como membros, além dos EUA, países da Europa Ocidental e o Canadá. A União Soviética não ficou atrás: junto com os países da Europa Oriental fundou o Pacto de Varsóvia. A tensão aumentava.

Após a derrota da Alemanha, na Segunda Guerra, os EUA e a URSS capturaram os melhores engenheiros alemães para sua própria produção. Wernher Von Braun, cientista alemão responsável pela criação da bomba-foguete V-2, foi um dos capturados. Do outro lado, no dia 4 de outubro de 1957, a URSS lançava ao espaço o satélite artificial “Sputnik”. Com a tensão acirrada entre os dois países, teve início a Corrida Espacial.

Um mês depois, a URSS começou a mostrar seu poderio. Lançou o satélite Sputnik II. A bordo do satélite, somente a cadela Laika, primeiro ser vivo a adentrar o espaço. No dia 12 de abril de 1961 foi a vez de um humano viajar pelo espaço: o astronauta russo Yuri Gagarin fez uma viagem em torno do planeta. Oito anos depois, os EUA revidaram lançando a espaçonave Apollo XI em uma missão de reconhecimento à Lua. Estavam a bordo da aeronave os astronautas Michael Collins, Edwin Aldrin Jr e Neil Armstrong, que proferiu a célebre frase: “Um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade”.


Discurso de JK na inauguração de Brasília (1960)

A construção de Brasília em menos de cinco anos foi a marca registrada do governo Juscelino Kubitschek. A transferência da capital enfrentou enorme resistência, especialmente da oposição da UDN, comandada por Carlos Lacerda, mas terminou prevalecendo. Foi decisiva para que o Brasil deixasse de ser uma “civilização de caranguejos ”, na qual quase toda a população concentrava-se no litoral, e se procedesse à ocupação do interior do país. O discurso abaixo foi proferido por JK na sessão solene de instalação do governo no Palácio do Planalto, no dia 21 de abril de 1960. Naquele momento, a cidade, na verdade, ainda era um acampamento, com poucos prédios construídos e quase tudo por fazer. Mas o ato, simbolicamente, marcou a transferência da capital.


DISCURSO

“Não me é possível traduzir em palavras o que sinto e o que penso nesta hora, a mais importante de minha vida de homem público. A magnitude desta solenidade há de contrastar por certo com o tom simples de que se reveste a minha oração.

Dirigindo-me a todos os meus concidadãos, de todas as condições sociais, de todos os graus de cultura, que, dos mais longínquos rincões da Pátria, voltais os olhos para a mais nova das cidades que o Governo vos entrega, quero deixar que apenas fale o coração do Vosso Presidente.
Não vos preciso recordar, nem quero fazê-lo agora, o mundo de obstáculos que se afiguravam insuportáveis para que o meu Governo concretizasse a vontade do povo, expressa através de sucessivas constituições, de transferir a Capital para este planalto interior, centro geográfico do País, deserto ainda há poucas dezenas de meses.

Não nos voltemos para o passado, que se ofusca ante esta profusa radiação de luz que outra aurora derrama sobre a nossa Pátria.
Quando aqui chegamos, havia na grande extensão deserta apenas o silêncio e o mistério da natureza inviolada. No sertão bruto iam-se multiplicando os momentos felizes em que percebíamos tomar formas e erguer-se por fim a jovem Cidade. Vós todos, aqui presentes, a estais vendo, agora, estais pisando as suas ruas, contemplando os seus belos edifícios, respirando o seu ar, sentindo o sangue da vida em suas artérias.

Somente me abalancei a construí-la quando de mim se apoderou a convicção de sua exeqüibilidade por um povo amadurecido para ocupar e valorizar plenamente no território que a Providência Divina lhe reservara. Nosso parque industrial e nossos quadros técnicos apresentavam condições e para traduzir no betume, no cimento e no aço as concepções arrojadas da arquitetura e do planejamento urbanístico modernos.

Surgira uma geração excepcional, capaz de conceber e executar aquela "arquitetura em escala maior, a que cria cidades e, não, edifícios", como observou um visitante ilustre. Por maior que fosse, no entanto, a tentação de oferecer oportunidade única a esse grupo magnífico, em que se destacam Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, não teria ela bastado para decidir-me a levar adiante, com determinação inflexível, obra de tamanha envergadura. Pesou, sobretudo, em meu ânimo, a certeza de que era chegado o momento de estabelecer o equilíbrio do País, promover o seu progresso harmônico, prevenir o perigo de uma excessiva desigualdade no desenvolvimento das diversas regiões brasileiras, forçando o ritmo de nossa interiorização.

No programa de metas do meu Governo, a construção da nova Capital representou o estabelecimento de um núcleo, em torno do qual se vão processar inúmeras realizações outras, que ninguém negará fecundas em conseqüências benéficas para a unidade e a prosperidade do País.


Viramos no dia de hoje uma página da História do Brasil. Prestigiado, desde o primeiro instante, pelas duas Câmaras do Congresso Nacional e amparado pela opinião pública, através de incontável número de manifestações de apoio, sinceras e autenticamente patrióticas, dos brasileiros de todas as camadas sociais que me acolhiam nos pontos mais diversos do território nacional, damos por cumprido o nosso dever mais ousado; o mais dramático dever.

Só nos que não conheciam diretamente os problemas do nosso Hinterland percebemos, a princípio, dúvida, indecisão. Mas no País inteiro sentimos raiar a grande esperança, a companheira constante em toda esta viagem que hoje concluímos; ela amparou-nos a todos, a mim e a essa esplêndida legião que vai desde Israel Pinheiro, cujo nome estará perenemente ligado a este cometimento, até ao mais obscuro, ao mais ignorado desses trabalhadores infatigáveis que tornaram possível o milagre de Brasília.

Em todos os instantes nas decepções e nos entusiasmos, levantando o nosso ânimo e multiplicando as nossas forças, mais de que qualquer outro amparo ou guia, foi a Esperança valimento nosso. Um homem, cujos olhos morreram e ressuscitaram muitas vezes na contemplação da grandeza - aludo, novamente, a André Malraux - viu em Brasília a Capital da Esperança.

Seu dom de perceber o sentido das coisas e de encontrar a expressão justa fê-lo sintetizar o que nos trouxe até aqui, o que nos deu coragem para a dura travessia, que foi a substância, a matéria-prima espiritual desta jornada. Olhai agora para a Capital da Esperança do Brasil. Ela foi fundada, esta cidade, porque sabíamos estar forjada em nós a resolução de não mais conter o Brasil civilizado numa fímbria ao longo do oceano, de não mais vivermos esquecidos da existência de todo um mundo deserto, a reclamar posse e conquista.

Esta cidade, recém-nascida, já se enraizou na alma dos brasileiros; já elevou o prestígio nacional em todos os continentes; já vem sendo apontada como demonstração pujante da nossa vontade de progresso, como índice do alto grau de nossa civilização; já a envolve a certeza de uma época de maior dinamismo, de maior dedicação ao trabalho e à Pátria, despertada, enfim, para o seu irresistível destino de criação e de força construtiva.

Deste Planalto Central, Brasília estende aos quatro ventos as estradas da definitiva integração nacional: Belém, Fortaleza, Porto Alegre, dentro em breve o Acre. E por onde passam as rodovias vão nascendo os povoados, vão ressuscitando as cidades mortas, vai circulando, vigorosa, a seiva do crescimento nacional.
Brasileiros! Daqui, do centro da Pátria, levo o meu pensamento a vossos lares e vos dirijo a minha saudação. Explicai a vossos filhos o que está sendo feito agora. É sobretudo para eles que se ergue esta cidade síntese, prenúncio de uma revolução fecunda em prosperidade. Eles é que nos hão de julgar amanhã.

Neste dia - 21 de abril - consagrado ao Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, ao centésimo trigésimo oitavo ano da Independência e septuagésimo primeiro da República, declaro, sob a proteção de Deus, inaugurada a cidade de Brasília, Capital dos Estados Unidos do Brasil.” 

A Capital da Esperança


“Às 9.30 h do dia 21 de abril de 60, no Salão de Despachos do Palácio do Planalto, cercado por seus Ministros e Embaixadores Especiais, JK teve estas palavras curtas: Declaro inaugurada a cidade de Brasília, Capital dos Estados Unidos do Brasil! No mesmo instante, o Poder Legislativo e Judiciário confirmaram a inauguração do jovem Distrito Federal, que nasceu num dia de sol forte, e céu azul, a mais de 1.200 metros”. (Revista O Cruzeiro de 07 de maio de 1960)



No momento da inauguração, a cidade não estava totalmente concluída, mas já dispunha de condições mínimas para ser a sede do governo. Ainda havia muito a ser feito, poucos prédios estavam prontos, mas o ato marcou, simbolicamente, a transferência da capital.

Festas, com atividades para crianças e adultos, concerto de música, show pirotécnico, prova automobilística, regata, parada militar com desfile de candangos e máquinas, dentre outras comemorações, marcaram a inauguração de Brasília. Das cerimônias, apenas uma foi restrita, em recinto fechado, a inauguração do Tribunal Federal, as demais foram abertas ao público que se aglomerava na cidade. (Jornal Folha de São Paulo de 23 de abril de 1960)

Muitas foram às pessoas de diversas partes do Brasil que percorreram centenas de quilômetros, viajando em carros, caminhões ou ônibus, para participarem das comemorações. Aviões fretados também traziam parlamentares e suas famílias. Estima-se que mais de 200 mil pessoas participaram das solenidades, muitas delas dormiram em barracas, ou amontoadas em casas de conhecidos que trabalharam na construção.  A Novacap chegou a distribuir 20 mil colchões para que os moradores pudessem abrigar os visitantes. Dentre as pessoas que compareceram aos festejos, se destacou o cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira, único convidado do governo federal. (Jornal Folha de São Paulo de 21 de abril de 1960)

O início das comemorações ocorreu por volta das 23 horas e 30 minutos do dia 20 de abril, com missa campal celebrada pelo cardeal Cerejeira. O cardeal abençoou a cidade, que também recebeu mensagem, em português, do papa João XXIII, por intermédio da rede brasileira de rádio. No dia seguinte, mais comemorações, que se estenderam até o dia 23.

De acordo com Juscelino Kubitschek, a partir daquele momento, “Brasília se tornava a Capital Federal da pátria brasileira, centro das futuras decisões políticas, cidade da esperança, torre de comando da batalha pelo aproveitamento do deserto interior”. (Jornal Folha de São Paulo de 22 de abril de 1960)

Brasília, que se tornara o centro do governo brasileiro, causou surpresa nas pessoas que para lá rumaram, com o objetivo de acompanhar aquele momento histórico. A cidade era realmente única, respirava ares de modernidade, os brasileiros não estavam acostumados a ver edifícios tão grandiosos e diferentes, alguns arredondados, com formas curvas e outros que pareciam flutuar na água. A revista O Cruzeiro, em reportagem sobre as comemorações afirmou que: “Quase ninguém acredita no que vê. Os edifícios quase levitando, o ocaso reverberando nas paredes de vidro. No meio da confusão há silêncio, há majestade, há qualquer coisa desabrochando com dignidade de rosa. Brasília é o século XXI”. (Revista O Cruzeiro de 07 de maio de 1960)